quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ate já… Margarida…





Perdida de corpo e alma num espaço pequeno do meu cérebro, pequenina e singela, ela comanda sonhos e loucuras, delírios de gente sã. Tu. Só tu Margarida… puxada á força por forças inexistentes… só tu.
Só tu me sabes explicar os motivos da razão, e as razões sem motivos.
E é nessa visão do passado que se escondem os reflexos dos espelhos de amanha.
Volta Margarida volta…. A brincar na casa do lado, acompanhada de tua inocência…
Volta a descer a rua de bicicleta com se não existisse amanhã… cai, mil vez, cai. E fere os teus joelhos com a brita do chão.
Tantos anos passados, tantos tempos vividos, tanto ar, tanto no ar.
Onde estás agora querida?
O que foi feito de ti?
Gosto de recordar te assim com és, como foste, imaginar o que serás…
Só queria poder tocar te outra vez minha pequena menina, e sentir nessa inocência o brilho de mulher. Gosto te tanto.
Mas aquela inocência se foi, se escondeu, e hoje, o tempo surge a cada instante, do momento perdido…. Mais um, só mais um. Hoje, quero esquecer, quero perde me em mim, encontrar me em ti, quero beijar a tua inocência e toma-la nos braços, ama-la talvez… deixa me voltar a descer a rua de bicicleta, e sentir na cara aquele vento, deixa me correr na rua em dias de chuva, e sentar me a ladeira ainda molhada. Deixa-me… voltar a abraçar te nessa noite de natal, com as luzes dos candeeiros a iluminar a chuva lá fora.
Tu foste, aquela que sempre lutou, dia após dia por mim…. Minha pequena
Margarida…



Até já…

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