domingo, 22 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Corri, tudo e nada. E não sai do mesmo sitio. Mas aprendi onde estava aquilo que não me foi dito. Percorri céus e mares infernos e montanhas, busquei fora o que encontrei dentro. Encontrei também linhas paralelas que não se cruzam, mas que se manteram paralelas durante toda a vida.



Vinte e cinco anos compridos, com amor, loucura, ternura, raiva... sentimentos misturados, momentos inesqueciveis, alguns tormentos passados e ultrapassados. Um balanço de um quarto de século, vivido com intensidade, momentos de pólos opostos , entre o negativo e o positivo, mas vivido.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Senta te aqui. Fecha os olhos e diz me baixinho o que te vai na alma. Conta me as tuas magoas as tuas solidões, os teus desabafos. Conta me baixinho as tuas preocupações, as tuas emoções.


No meu peito mora a saudade,
de dias de emoção forte,
no meu peito mora o vazio.
Já não palpita violentamente,
já não treme,
já não aperta.
Que venha alguém e te desperte
que venha alguém e te aqueça
que te faça tremer
que te aperte.
Que te faça viver.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Basta um olhar teu, um sorriso para alegrar o meu dia. Pode ser daqueles dias em que o sol teima em esconder se por entre as nuvens, daqueles dias cinzentos em que acordamos não sei como, aqueles dias em que me arrasto. Mas basta, basta tu sorrires, basta haver um brilho de esperança nesse olhar que o meu sol sai de trás das nuvem e vem brilhar no meu céu. As vezes basta tão pouco para sermos felizes e termos vontade de chorar de felicidade. Quando conseguimos arrancar da boca daqueles que amamos um sorriso, quando conseguimos ver o brilho dos seus olhos. Ás vezes é preciso tão pouco, em enorme tão pouco...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

- Conversas Abertas I -

(A outra parte)


"Azucena"

" - Para quê? Tudo não é mais do que círculo, não concordas? Tu procuras, queres encontrar, mas no fundo não queres. Pensas sempre que não é aquele. Também te acontece, não é?

- Sim... Mas quando pensas que encontras te tempos depois chegas á conclusão que afinal mais uma vez te enganas te. Voltas a sofrer, a punir te por isto ou aquilo que fizes te e não devias ter feito ou que devias ter feito e não fizes te. Culpas te de teres falhado, quando se calhar, simplesmente não acertas te.

- É difícil acertar hoje em dia.

- A quem o dizes.

- Já te aconteceu, dares tudo por tudo, queres mais do que realmente queres, e ao fim de algum tempo, olhares para trás e perguntares se valeu a pena?

- Se já aconteceu? Ui... Quantas vezes minha querida. Tantas noites perdidas em lutas constantes em que tudo pesa. O passado e os seus ensinamentos, o presente e os seus sentimentos, o futuro e o seu desconhecimento. Afinal será que vale a pena procurar? Tenho muitas duvidas que algum dia vá encontrar, mas continuo á espera de encontrar. É burrice, só pode ser burrice.

- Ou esperança... De que contigo seja diferente...

- Duvido... Um dia ouvi alguém dizer, não há para sempre, tenho a minha rota, os meus ideais e sonhos, que quero e vou concretizar, e, não interessa quem esteja comigo quando tiver 50 anos, só sei que independentemente da mulher que estiver comigo, irei estar no Brasil reformado.

- Pois é minha querida, quem importa somos nós e mesmo nós, as caras mudam, os nomes mudam, as datas mudam. Os sonhos prevalecem até se realizarem até darem espaço para outros aparecerem, tudo o resto e rotativo, é mutável, aquilo que realmente queremos, e pelo qual lutamos todos os dias, isso fica sempre. Não procures mais, espera simplesmente que te encontrem."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MÃE

Conta me baixinho ao ouvido historia de outros tempos. Conta me tuas tristezas e alegrias, conta me o teu caminho percorrido.
Conta me baixinho ao ouvido anos de sofrimento e alegria, conta me os motivos, conta me mil e uma razoes que eu acredito.
Mas vive. Mas fica comigo.
Posso ouvi-las durante mais mil anos, que embora te diga para esqueceres esse passado, ou ouço as com alegria.
Deixa me apagar um passado cruel, deixa me apagar essas marcas que a vida te cravou na pele. Deixa me dar te luz, deixa me dar te um motivo para continuares. Nem que seja só um.
Põe um pé a frente do outro, e anda, anda devagarinho, vem ter comigo. Estarei aqui á tua espera. Hoje e sempre.



(Podem vir mil e um amores, podem vir mil e um amigos, pode vir quem vir, posso escolher quem quiser, mas tu, só tu, és única, não existe quem te substitua. – MÃE – Espero por ti ao amanhecer, nessa calma que é só tua, espero por ti ao anoitecer…)

domingo, 4 de outubro de 2009

Lavei a alma em água gelada,
deixei a secar na corda bamba da vida até acordar.
Amanheceu de noite, já a lua raiava.
A noite subia sob a forma de dia, a escuridão encandeava.
Não havia nem norte nem sul, este ou oeste.
Quebrou se a bussula.
Perdi me na langitude e na latitude, a mil pés do solo, a mil pés do sol.
Neguei verdades, aceitei mentiras.
Percorri desertos. Encontrei água na tua boca.
Jurei e não cumpri.
Errei em momentos certos.
Estive presente em momentos errados.
Construi, destrui, recontrui.
Fechei me na abertura do espaço.
Estive á hora certa no local errado, á hora errada no local certo.
Mas permaneci.
Já chorei. Já gritei.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Se pudéssemos prever o futuro, como seria?
saber o dia e a hora exacta em que as coisas aconteciam.
Poderíamos nós mudar o futuro que não gostássemos dele?
Assim já não haveria futuro programado, e adivinhado.
Utopias.
Que emoção teria a vida afinal, que misterio lhe reservava.
Onde estaria a emoção que sentir as coisas, a vida, o momento, um por um.



A sociedade ensinou nos a percorrer esse caminho de suposta felicidade e harmonia.
Ensinou nos a fazer dela, sonho, filosofia de vida.
E ai de quem não a veja como futuro escolhido, mesmo por vezes o desejando.
Vem um dia e outro e pouco muda. Não há emoções fortes.


Paixão.


Aperta devagarinho.
Asfixia discretamente.

sonho.
Busca.
Desejo.



Mas o tempo aperta ao compasso da melodia,
afasta os anos, junta os dias.
Separa as pessoas.

sábado, 26 de setembro de 2009

Levou com ela o brilho dos teus olhos, levou com ela o sorriso da tua boca. Da noite para o dia, sem deixar o dia nascer. Levou com ela uma velhice a dois, deixou no seu lugar um homem triste, sem luz. Foram tantas as vezes que passas te á nossa porta, tantas vezes que paras te e contas te historias de outros tempos que recordavas com alegria, tantas vezes que fugimos de ti. Hoje era para ser assim, mas foste directo e num gesto que não era teu viras te as costas e foste embora. A partir de hoje já nada será como foi. A partir de hoje a velhice prenuncia se a cada passo, senti la ás mais pesada, mais perto.




Sentimentos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Prendem se os homens a liberdades. Abafam o grito de revolta. Constroem castelos na areia.
Até que um dia o mar vem.
Até que um dia a voz se vai.
Até que um dia a liberdade os prenda.
Então já nada importa.
Que o vento não sopre, que o choro se cale, que a manhã não venha.
Perde o poder da voz, o sentido do toque, o calor dos olhos.
Um Outono que não chega, um verão que já acabou, um inverno que não existirá.
Então já nada importa. Ai já nada importa.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Filosofia, fantasia, teoria. Envolta em mar de seda castanha, outra hora palco de emoções profundas. Fundas. Entregas te a esse mar, envolves, desenvolves, crias, destrois, recontrois. Não te envolvas, não me envolvas. Não te envolvas em meus braços como te envolves nesse mar de seda que te afaga a alma e te acalma o cansaço.
Filosofia, fantasia, teoria. Correcta, incorrecta. Ilusão, confusão. Quando te envolvo em meus braços, não te envolvas.

sábado, 19 de setembro de 2009

Foste descobrindo, sem descobrires. Aprendendo sem aprenderes. Foste querendo sem quer. Foste, és. A tua maior descoberta.
Já não és, já não serás a menina aquela menina a quem tiraram a inocência.
Agora chega.

- Para de poisar os meus calos, rasgar a minhas feridas!

- Já não há menina. Já não há inocência.

Cala se a voz de mil vezes gritos, que mil vezes berrou. Escondam se os gestos.
Tu já não és. Tu já não serás aquela eterna inocência que corre em busca de calma maior.
Aprendes a viver dia a dia. Em cada trilho, em cada partida, sentes não pensas.
Sonhas. Como se o teu sonho morasse a quilómetros hora.
Magia, fantasia, química vital que te afaga nos dias de trovoara. Sinos que tocam na igreja, som escondido, abafado.
Tantas noites, tanta escuridão, tanta perdição. Tanta salvação.
Abre os olhos agora, e vê.
Abre os olhos agora antes que a cegueira os tomem em seus braços.
Corpo. Sexo. Nada mais.
Para que? Para nada.
Não é mais que isso. Uso e abuso de ti, menino de colegio.
Só isso? sim, só isso. Para que te quero mais?
Para me embrulhar em confrontos do coração?
Não, não mais. Só o tempo o dirá? Não já disse.


"sinto o teu cporpo a tremer, a suar, a descobrir... Sinto a boca a gelar, a tua pele a aquecer... Ficas sem voz, secas."

Para quê mais? para nada menino de colegio... para nada.
Crias te alicerces no passado e construis o teu castelo a partir dai.
todos os passos que dás, todas a tua atitudes, todos os sentimentos...
Alimentas fantasmas...

- Liberta te! Liberta me!
Vem ser feliz comigo!

Passado cruel que te rasga a carne, que te enrugues se a pele.
Não faças de cada ruga uma tatuagem da vida...
Tantas outras virão.
- Tu queres? Eu quero!




Corre comigo, por mais dez anos, só mais dez anos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Neutra, sem luz, sem cor
Sem objectivo definido, ilusão.
Negra alma talvez.
“Condição humana.”
Onde está ela?
Por vezes perdes te, soltas de ti, quebras o vaso.
Precisas, queres essa estabilidade.
Mas no fundo não queres.
Ou será ao contrário?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

(Roubaste me de mim)

Fui cedendo. Primeiro a uma palavra, depois a uma frase.
A um gesto a um sentimento.
Sem me aperceber fui cedendo a mim principalmente.
Fui cedendo ao que acreditava, fui cedendo ao que gostava, fui cedendo ate não me reconhecer.
Olhava no espelho da alma e não me via. Até a voz mudou. Ferramenta de arte e trabalho.

(Cheguei a ter medo de te reencontrar na rua e nem te reconhecer, olhar par ti invejada, de ver alguém assim. Não me reconhecia de tal maneira que talvez ate chamaria louca a ti no corpo de outra pessoa.)

Cedi, cedi, cedi… Houve o dia que me cansei de ceder aqui e ali.
De ceder por tudo e por nada, de me baixar, me rebaixar, te rebaixar.


"Vinte e quatro não são quarenta e quatro"

sábado, 12 de setembro de 2009




E não, o tempo não volta atrás... Hoje gostava que tivesse voltado. Só por hoje. Queria ver esses olhos a entrarem novamente por aquela porta. Queria ver te a dançar esta noite. Sentir a tua mão na minha, outra vez. Só hoje. Se o tempo voltasse atrás... Não, não faria tudo de novo. Agarrava te esta noite, nem que fosse só por uma noite. Mas hoje é tarde porque já não voltas. Já não entrarás por aquela porta, já não irei ver novamente esses olhos azuis, tão azuis, tão únicos, que se fecharam para sempre. Se ao menos pudesse ter me despedido de ti...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009



Não há um dia em que tenhas de escolher, vais escolhendo todos os dias. Passo a passo. A cada momento. Tu escolhes o que queres sempre que respiras, sempre que pensas. Pensamentos criam acções. Sentimentos. frustrações.Emoções. Tu escolhes, o teu caminho. Ao mais simples gesto, na palavra mais insignificante tu escolhes o hoje, o amanhã. Sempre escolhes te. Nunca percebes te? Lembras te á muitos anos quando cais te? Tu escolhes te, traças te um caminho. Uma rede de caminhos. Tu escolhes te. Estás sempre a escolher sem escolher.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009




Entrei em ti, sai de mim, neste preciso momento.
Deixei as minhas palavras nos teus olhos deixei os meus brilhos no teu ouvido.
Quis te.
Por muito mais do que uns instantes, bem mais do que naquele instante.
Tive te.
Sai, entrei, de mim, em ti.
E no milésimo de um instante, desaparece te em ti para te juntares a mim.
Assim, só assim.
Nuca foi mais do que assim.
Tantos os momentos perdidos nesse mar que não te acalma, a alma, a vida a voz.
Quises te tanto sem querer, tentas te sem tentar.
Agora olhas para traz, e em momentos velozes páras e não arrancas, já foi, já não é, já não será. Acalmas a alma com palavras cruzadas de passado, presente e futuro, do pouco que já te resta.
A vida balança, feito barco no oceano, e dás por ti a pescar sozinho, a olhar as velhas árvores do jardim. A ver os putos correr na rua.
Nem tu sabes, nunca saberás o que ele fez de ti, o tempo. Traiçoeiro, implacável, leva te hoje para onde o vento bate na cara. Pára...
Não chores, recorda somente. Agarra o, agora!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

"E quando dás por ti estás á pesca sozinho..." E os anos passaram... O que é feito de ti agora? As rugas cobrem te a cara e o corpo, e a juventude abandonou-te. Esqueceu se de ti numa rua estreita da tua vila. onde estás tu? Quem és tu agora?
Tens histórias para contar, mas ninguem que as ouça, histórias de outros tempos, não de agora. Agora pouco há para contar. O que o tempo fez de ti? o que fizes te tu do teu tempo, afinal?
Perdes te na solidão de uma multidão. És apenas mais um, só mais um. Os anos passam, e tu, ficas te imovel com lembranças de outros tempos. Agora, que poderias contar ao vento mil e uma aventuras de outros tempos, não encontras quem as queira ouvir. Estão todos ocupados.
Pára. Escuta. sente.
Esse tempo já não é teu. Já foi.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Encontrei te sem quer. Já houve os dias em que te procurei de mil e uma forma, em mil e um sítios, hoje não. Hoje viés te ter comigo. Entre muitos da tua espécie, quando te peguei, sorri.
E nesse compasso, retornei à não muitos anos atrás, abrir te.
“Tripulação….
O Capitão….
A todos uma boa viagem.”
Não consegui entrar dentro de ti, de forma a percorrer cantos e esquinas da tua terra fria, estaria a abusar de mim. Há coisas que são mais fortes que eu, e há uma força maior que me impede de violar este principio.
Não foram muitos os anos que passaram, minutos? Alguns sim. Uns melhores, outros piores. Se te reescrevesse agora iria dizer certamente “serviram para aprender”, era sempre assim que falavas, que escrevias.

domingo, 30 de agosto de 2009



Chorei.
há palavras que nos marcam, que nos doem,
não pelo seu significado mas sim pelo significado das pessaos que o dizem.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Ate já… Margarida…





Perdida de corpo e alma num espaço pequeno do meu cérebro, pequenina e singela, ela comanda sonhos e loucuras, delírios de gente sã. Tu. Só tu Margarida… puxada á força por forças inexistentes… só tu.
Só tu me sabes explicar os motivos da razão, e as razões sem motivos.
E é nessa visão do passado que se escondem os reflexos dos espelhos de amanha.
Volta Margarida volta…. A brincar na casa do lado, acompanhada de tua inocência…
Volta a descer a rua de bicicleta com se não existisse amanhã… cai, mil vez, cai. E fere os teus joelhos com a brita do chão.
Tantos anos passados, tantos tempos vividos, tanto ar, tanto no ar.
Onde estás agora querida?
O que foi feito de ti?
Gosto de recordar te assim com és, como foste, imaginar o que serás…
Só queria poder tocar te outra vez minha pequena menina, e sentir nessa inocência o brilho de mulher. Gosto te tanto.
Mas aquela inocência se foi, se escondeu, e hoje, o tempo surge a cada instante, do momento perdido…. Mais um, só mais um. Hoje, quero esquecer, quero perde me em mim, encontrar me em ti, quero beijar a tua inocência e toma-la nos braços, ama-la talvez… deixa me voltar a descer a rua de bicicleta, e sentir na cara aquele vento, deixa me correr na rua em dias de chuva, e sentar me a ladeira ainda molhada. Deixa-me… voltar a abraçar te nessa noite de natal, com as luzes dos candeeiros a iluminar a chuva lá fora.
Tu foste, aquela que sempre lutou, dia após dia por mim…. Minha pequena
Margarida…



Até já…

sábado, 22 de agosto de 2009

procuro sem fim, uma parte de mim...
procuro em cantos e esquinas de ruas estreitas
que o sol brilhe com intensidade.
não encontro.
há uma nuvem que teima em aparecer
uma sombra, uma escuridão.
sabes que sempre fui de manias coração
sempre fui de historias de terror, e amor.
nas vielas e calçadas tuas,
procurei a tentação
desafiar o mundo
conquistar vitorias
ir alem fronteiras.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tento não pensar,
Tento não sentir,
Tento não parar
Tento esquecer.
Tento, tento, tento...
Tento abstrair me do que me consome por dentro,
ninguém disse que era fácil.
Parece que o sol se foi entre nuvens de chuvisco
e o mar não acalma,
a tempestade se aproxima.
Tento reagir, não ficar, não cair
(há momentos em que caímos, ficamos, não reagimos)
Palavras de esperança trazidos por ondas do mar.
em dias de sol quente,
outras porem de divisão, reflexão, de decisão.
carrossel que roda sem fim
coração, razão, enfim...
sem fim...
nas paredes gélidas se escrevam os mesmos
em noites quentes de verão.
Se hoje não. Não.
Já foi uma vez, não. repetir não.
Por essa e muitas outras razoes, não.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Senhor da noite…
Pensamento.
Tu que me encontras em todas elas e me tomas em teus braços, não me abandonas.
Um universo de sentidos, emoções, sentimentos.
Memorias e recordações.
Paixões, amores,
Tristeza, alegrias
Mutas alegrias…
Mas… quando recordo alegrias fico triste…
Quero agarra-las novamente, oh noite…
De que vale a vida afinal?
Esse turbilhão de emoções, que nos gela a alma em noites quentes de verão.
Paixões, amores,
Por tudo e por nada.
Paixões, amores,
Pelo riso, pelo choro,
Por viver simplesmente…
Paixões que vão, e vem,
Ao sabor do vento quente, que tornam cada momento único e igualável
São recordações que ficam.
Momentos que jamais caíram no esquecimento,
Porque em todas elas se prende uma saudade, um sorriso…A vida é um emocionante carrossel, uma montanha russa, a mais cara de entrar, a mais difícil, mas que já por si entrar nela é uma vitória!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

As folhas tocam o céu,
no infinito do universo,
o vento na cara,
um local,
um momento.
E tu paras
e ao teu redor
no silencio das vozes que não se calam,
no calor de uma noite gelada,
o sorriso fingido.
Quando ao teu redor o mundo pára num movimento que não acalma,
num amanha que parece não vir.
E o que foi ontem não será mais.
Um interior que muda,
uma frase que se esquece
aquele sorriso que se perdeu.
Num céu onde as folhas voam,
num universo que não acaba,
num momento que decidiu
que entre guerra e paz
o magia se espalhou
e desapareceu. magia espalhada no céu, que de encanto pouco tem, aquela magia que se foi.

sábado, 16 de maio de 2009

Nem bem, nem mal,
Nem sim nem não,
Assim assim…
Um dia escrito na folha do tempo,
Um momento,
De parar…
Abrandar.
Não seguir no carrossel
Não deixar ir,
Controlar,
Um dia a mais
Um tempo se faz
Momento se tem
Mesmo sem se ter.
Sair
Correr
Fugir
Partir.
Tem dias que a tristeza aperta por uma razão que não se tem,
Por vezes as lágrimas caem sem razão
Há dias assim,
Mas o vento muda, mudara sempre.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quanto tempo dura um momento, qual é a sua intensidade,
Quando se perde um momento, quando se perde a idade.
A idade da criança que pula dentro de nos,
Feliz porque sim, simplesmente porque sim.
Quanto tempo dura a memoria,
Quanto tempo dura a recordação,
Quanto tempo dura a saudade ,quanto tempo leva o verão.
O céu das minhas respostas,
O véu que as descortina,
O tempo que se move,
Um momento que se espera,
Um sorriso que se foi,
Uma lágrima que caiu,
Uma esperança que ficou,
Um dia que acabou,
Um momento que ficou,
Quanto tempo dura esse momento agora?

terça-feira, 7 de abril de 2009

Coração que não cabe no peito por tristeza ou alegria,
Sorriso escondido nos olhos de criança…
Vazio.
Vazio em mim por não saber,
Vazio em mim por querer.
Vazio em mim simplesmente por ter medo de dizer…
Este vazio que me assombra,
que me tira a alegria dos olhos,
que me dá a alegria forçada dos lábios…
Este vazio que me leva e me tráz, que cada dia é mais vazio.
Um vazio é ter nada, é ter tudo
É saber e não saber,
Esperar e não esperar,
Simplesmente não saber,
O melhor passo a dar…

domingo, 29 de março de 2009

Sentir no abraço o poder da força,
uma forma diferente de querer,
Porque varias formas de mostrar que se quer,
sem loucuras ou aventuras,
sem pedir, sem obrigar.
Porque formas de pedir,
que não tocam com dificuldade.
Pedir porque se quer pedir...
Sentir no abraço o poder de ter,
Hoje, agora e no momento,
Mesmo que seja num momento.

Sentir aqui e agora neste abraço que demora
o tempo suficiente pra viver intensamente!!!

domingo, 22 de março de 2009

Limpei a última lágrima que estava na lente, procurei dentro de mim a resposta que não queria,
para saber o que queria.
Procurei e não encontrei, ponto final ou virgula.
Quando, onde e como,
Ir ou ficar, Querer ou não querer.
Que futuro tem o que mal começou? Não será começar com o pé esquerdo?
Mas começar o que, se nada tinha começado... Esquecer e partir, ignorar..... Ou...
Tentar só mais uma vez...
Razão, coração em luta sangrenta, Entre querer e não querer, Começar pelo inicio ou pelo final...
Não começar simplesmente, Ou recomeçar.
O que nunca começou, Mas que tem uma virgula.
Historias mal começadas, ou mal acabadas,
virgulas que ficam na nossa vida e nos queimam o céu
os pontos final são mais simples
ficou ali,
e ponto final.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ansiedade…

Só quem a sente é capaz de descrever o que se sente…
É sentir o peito a apertar, quer hoje, agora e no imediato
É esperar sem saber se vem
É querer sem puder querer
É abraçar agora, mesmo sem abraçar
É esperar que chegue rápido
É querer e não querer
Sentir e não sentir
Dar sem dar
Pedir sem pedir
E ter e não ter
Ansiedade, é esperar que venhas sem saber se vens
Équerer os momentos e esperar los como se soubesse que viriam mesmo
É estar aqui um dia ou todos a tua espera
Tudo e nada ao mesmo tempo
Uma emoção que aperta o coração, que quebra a barreira das horas dos dias e das noites
Pode se viver quase sempre ansiosa
Ansiosa dos nossos sonhos
Ansiosa do dia de amanha
Da semana que vem
Do principio de tudo ou fim de nada…

segunda-feira, 16 de março de 2009

ENTRE O CÉU E A TERRA...


Porque no Céu mora a tranquilidade e na Terra a realidade, porque o Mar junta as duas, porque o Mar acalma mesmo em dia de tempestade…

E é nesse Céu que quero encontrar o sonho, na Terra viver a experiencia e no Mar afundar
a tristeza…

Para que num dia mais distante aqueles que serão meus o olhem e se lembrem que mesmo em dias de tempestade, aquele que equilibra o Céu e a Terra acalma a dor da alma…

Para que um dia, na imensidão desse Mar eu possa deixar tudo o que foi meu.

Porque um dia, quando a Terra e o Céu se juntarem formando uma imensidão de fogo e luz se tornando sol, a água fria e salgada do Mar equilibre a natureza…
Porque por vezes as palavras não chegam... Porque por vezes a noite não cai e o sol não brilha...

sábado, 14 de março de 2009

Vive...

sempre gostei de pessoas de personalidade forte,
pessoas que não digam sim quando querem dizer não.
Pessoas que encarem a vida com alegria e coragem
Que façam frente ás dificuldades

Não quero saber de dificuldades!!!
Problemas já nos temos precisamos é de soluções.

Nunca gostei dos que se acomodam,
á espera que a vida lhes bata á porta.
Nunca gostei dos que não discutem
dos que fogem e não encaram, dos que não procuram as suas respostas.

Quero viver intensamente, com a intensidade que os dias nos traz.
Quero sorrir, gritar, pular, cantar, viver!!
porque questionar é viver, sofrer é viver,
querer fugir é querer viver
amar é viver
perder é viver
Não ter é viver...

Tudo isso é viver...
e eu simplesmente quero VIVER!!!
Afinal não és como esperava…
Não tens a força que move montanhas, em que nada é impossível.
Não és o brilho no olhar, não és o possível mas sim o impossível…
Pensei que pudesse ser diferente, pensei, que unindo forças conseguiríamos ultrapassar esse “pequeno pormenor”…
Afinal não…
Não lutas…
Não dizes que queres e fazes girar o mundo ate que aquilo que queres seja teu…
Eu não quero quem não se mova, que não me mova…
Que não se mova com a intensidade do universo…
Ou tens força ou não tens.
Assim não.Assim não quero.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Doí...

Doi sentir que não queres a minha ajuda...
que não queres tanto como eu quero

Doi sentir que não queres ficar, que queres partir...
Doi tanto, tanto...

Doi dar te a mão, querer estar ao teu lado,
Doi da tua parte a resposta não ser positiva, não tomares a iniciativa...

Quero tanto que fiques, se soubesses, se sentisses...
Quero te aqui até a eternidade
Quero te aqui para um sempre que não existe...

Não querias ir, eu quero que fiques
preciso que fiques.

Ajuda me a te ajudar, a te amar
tal como me amas te desde o primeiro minuto...
deixa me mostrar te...
preciso de te mostrar, quero te mostrar...

Doi demais....

segunda-feira, 9 de março de 2009

"Nunca mudes esse sorriso…"

Nunca mudes esse sorriso…
Porque ele é a essência da tua vida…
Nunca mudes porque ele mesmo quando estas tristes é quem te põem feliz novamente..
Nunca mudes, nunca…

Nada vale a tristeza nos teus lábios, nada vale a tua cara triste…
Porque a tua natureza é superior a tudo isso…

Guerreira, mulher…
Lutadora, fiel…

Por mais coisas que aconteçam, por mais dias que passem
Por quilómetros de distancia
Por um dia mais triste,
Um momento mais em baixo,
Nunca mudes…

Nunca mudes o que és…
Nunca mudes esse sorriso…


Dedicado com o maior dos carinhos a uma grande amiga, uma grande mulher…
Se a amizade verdadeira é aquilo que sinto, podes contar comigo sempre,
Hoje, amanha e depois, estarei aqui pa te receber amiga… sempre…

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pedra Filosofal

As letras saltitam a minha frente com uma velocidade impressionante..
E entre saltos e saltitos, de forma coordenada ou desorientada vão formando palavras, frases e textos…

O vazio de mim preencho com algo diferente o seu já pouco conteúdo…
Retiro o pouco que resta no seu interior e decanto ao som desta melodia o tinto da vida…

Dele extraio que mais de puro tenho…
O que de melhor sou…
Retiro parte de mim juntando muito de mim,
e então entendo as palavras escondidas pelo som de um olhar, na voz de um brilho…

No meio da minha organizada desorganização encontro o pedaço que queria esconder…
Nele contem a essência da vida…
A questão do mundo…
A minha pedra filosofal…

Eles não sabem que o sonho
é uma constantCor do textoe da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.”

E enquanto leio e ouço simultaneamente estas palavras, entendo que por muitos anos que passem, muita gente que morra ou que nasça, a nossa essência sempre será a mesma…

Por muitos anos que passem há coisas que nunca mudam…

Que muitas gerações partam ou cheguem, o mundo gira da mesma maneira, que o profundo do ser, será sempre o mesmo…

Então… junto desta obra ao que interessa…

“Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer…

… Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança…”

Por isso eu sonho…

E em constante sonho vou alcançando a minha realidade…

E nos teus olhos Margarida fica a saudade…
A recordação…
Aquele aperto no coração…

domingo, 1 de março de 2009

CICLO DA VIDA…

CICLO DA VIDA…

O que é que todos nos procuramos afinal?
Cumprir o ciclo da vida…

E por ais duros que sejamos,
Quando toca ao coração é diferente.

Podemos evitar, negar, esconder o que no nosso intimo nos diz…

Dizer que não existe…
Que não faz sentido…
Que não quero para mim…

Quando todos queremos….

E será com 80 anos á beira da praia que nos fará pessoas felizes?
E isso que todos nos queremos?

Eu já desejei muito, e deixei de desejar…
Ou ainda desejo?

Queria que essa fosse a minha última visão da vida…

Será que ainda hoje quero?

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Recordar…
Recordar aquilo que já se teve, que já se viveu,
nunca vi ninguém recordar algo que não viveu.

Recordar é tentar sentir aquilo que se sentiu…

É de certa forma quer de novo…

É descobrir um novo eu, mas sentir o anterior…

E ter e não ter ao mesmo tempo…

É querer sem te querer…
Sentir te sem te sentir…
Ter te sem te ter….

É viver e não viver…

Aquilo que se recorda…

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Quero sair, quero esconder, quero fugir...
Sair de mim, nem que seja por um instante...

Fingir ser quem não sou, libertar...

Quero que o tempo pare, ou ande com uma velocidade incrível...

Eu preciso de não estar...
De não sentir...
De não querer...

Preciso de encontrar o que não procuro, para me poder encontrar,
Preciso de estar onde não estou para voltar.

Quero que o tempo passe mais depressa que a mente
Encontrar o que perdi...
Encontrar o norte...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ele sempre esteve lá...
Todos os dias, todas as noites... Sempre a espera do dia certo para que o acabasse...
Ele sabia, que o dia iria chegar, uma noite, em que dele precisasse, ele estaria ali, sempre a espera, só eu não sabia...

Eu abri.
Eu entrei.
Eu li.
Eu chorei.

E com as lágrimas foram também as memorias, vazei dentro de mim mágoas de vários anos e de coração aberto tive a minha resposta.

Ela sempre ali esteve.
Todas as noites.
E em cada noite que passava a minha resposta sabia que me aproximava...

Afinal era tão simples...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Ate já… margarida…

Entro no quarto, fecho a persiana, e tranco a porta, hoje quero estar longe do mundo, divagar no meu espaço, no meu universo….

Hoje quero estar eu e eu somente, esquecer que lá fora há vida e que faço parte dela,
Hoje que encontrar aquilo que perdi, que escondi, mas que nunca esqueci…

Lembro me como se fosse hoje, como corria na rua ao sabor do vento, e a chuva parecia lágrimas que o céu chorava de felicidade. Hoje lembro aquilo que fui, de onde vim, mas não consigo ver pra onde vou…

Hoje sentada nesta cadeira enterro me no teclado, e a cada letra que escrevo, sinto o seu significado….
Hoje, só hoje…

Porque amanha será tudo igual novamente….

Hoje porque e sábado, em que todos se preparam para estar com o mundo eu preparo me para estar comigo….
Hoje, só hoje….

Amanhã será diferente, eu sei…

Mas nas memórias de hoje algo não se esquece amanhã… as saudades, aquelas saudades….

No tempo da inocência, eu queria ser crescida, mas agora tudo é diferente…
No tempo da inocência eu não sabia, que a maior inocência não é, não conhecermos o mundo, mas sim a nos próprios….

No tempo da inocência… oh o quanto eu queria ser inocente….


Afasto me do que sou, concentro me no que fui, afasto me do que quero e penso no que queria…

Será que ao longo desses anos consegui conquistar a mais pequena coisa daquilo que queria quando era pequena?
Será que tudo aquilo que hoje parece tão básico foi alguma vez concretizado?!

Aquela emoção… Quando se é pequeno tudo é magico, tudo é lindo tudo e novo…
E agora? Que tantas outras coisas há pra descobrir…

***

Diz tu, oh luar, que sempre estives te ai! Porque nunca me contas?!
Tu e a maior estrela, espectadores desta peça de teatro barata que é a vida humana, que sempre nos acompanham e nos espreitam, o que pensam que nos somos afinal?!
Meros fantoches ou actores principais?

Em que momento mudo de papel?

***

Em que momento perco a essência de criança, o sonho, o riso, aquela alegria Margarida, aquela sabes… tu sabes….

Só tu sabes, só tu conheces as profundezas do meu céu, o meu bom o meu mau, o meu eu…

Porque não me contas?
Porque guardas no fundo de um baú aquilo que queres que volte a sentir…

Eu quero sentir, sentir novamente, aquela chuva no meu rosto, eu quero sentir novamente o vento, aquele vento….

Tudo o que sou devo o a ti…
Tudo aquilo que quero ser também, acredita…

Como um pilar que segura a casa, és tu…
Enquanto uma réstia do teu brilho durar tu estarás aqui e a casa não vai a baixo….