domingo, 22 de novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Corri, tudo e nada. E não sai do mesmo sitio. Mas aprendi onde estava aquilo que não me foi dito. Percorri céus e mares infernos e montanhas, busquei fora o que encontrei dentro. Encontrei também linhas paralelas que não se cruzam, mas que se manteram paralelas durante toda a vida.



Vinte e cinco anos compridos, com amor, loucura, ternura, raiva... sentimentos misturados, momentos inesqueciveis, alguns tormentos passados e ultrapassados. Um balanço de um quarto de século, vivido com intensidade, momentos de pólos opostos , entre o negativo e o positivo, mas vivido.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Senta te aqui. Fecha os olhos e diz me baixinho o que te vai na alma. Conta me as tuas magoas as tuas solidões, os teus desabafos. Conta me baixinho as tuas preocupações, as tuas emoções.


No meu peito mora a saudade,
de dias de emoção forte,
no meu peito mora o vazio.
Já não palpita violentamente,
já não treme,
já não aperta.
Que venha alguém e te desperte
que venha alguém e te aqueça
que te faça tremer
que te aperte.
Que te faça viver.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Basta um olhar teu, um sorriso para alegrar o meu dia. Pode ser daqueles dias em que o sol teima em esconder se por entre as nuvens, daqueles dias cinzentos em que acordamos não sei como, aqueles dias em que me arrasto. Mas basta, basta tu sorrires, basta haver um brilho de esperança nesse olhar que o meu sol sai de trás das nuvem e vem brilhar no meu céu. As vezes basta tão pouco para sermos felizes e termos vontade de chorar de felicidade. Quando conseguimos arrancar da boca daqueles que amamos um sorriso, quando conseguimos ver o brilho dos seus olhos. Ás vezes é preciso tão pouco, em enorme tão pouco...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

- Conversas Abertas I -

(A outra parte)


"Azucena"

" - Para quê? Tudo não é mais do que círculo, não concordas? Tu procuras, queres encontrar, mas no fundo não queres. Pensas sempre que não é aquele. Também te acontece, não é?

- Sim... Mas quando pensas que encontras te tempos depois chegas á conclusão que afinal mais uma vez te enganas te. Voltas a sofrer, a punir te por isto ou aquilo que fizes te e não devias ter feito ou que devias ter feito e não fizes te. Culpas te de teres falhado, quando se calhar, simplesmente não acertas te.

- É difícil acertar hoje em dia.

- A quem o dizes.

- Já te aconteceu, dares tudo por tudo, queres mais do que realmente queres, e ao fim de algum tempo, olhares para trás e perguntares se valeu a pena?

- Se já aconteceu? Ui... Quantas vezes minha querida. Tantas noites perdidas em lutas constantes em que tudo pesa. O passado e os seus ensinamentos, o presente e os seus sentimentos, o futuro e o seu desconhecimento. Afinal será que vale a pena procurar? Tenho muitas duvidas que algum dia vá encontrar, mas continuo á espera de encontrar. É burrice, só pode ser burrice.

- Ou esperança... De que contigo seja diferente...

- Duvido... Um dia ouvi alguém dizer, não há para sempre, tenho a minha rota, os meus ideais e sonhos, que quero e vou concretizar, e, não interessa quem esteja comigo quando tiver 50 anos, só sei que independentemente da mulher que estiver comigo, irei estar no Brasil reformado.

- Pois é minha querida, quem importa somos nós e mesmo nós, as caras mudam, os nomes mudam, as datas mudam. Os sonhos prevalecem até se realizarem até darem espaço para outros aparecerem, tudo o resto e rotativo, é mutável, aquilo que realmente queremos, e pelo qual lutamos todos os dias, isso fica sempre. Não procures mais, espera simplesmente que te encontrem."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

MÃE

Conta me baixinho ao ouvido historia de outros tempos. Conta me tuas tristezas e alegrias, conta me o teu caminho percorrido.
Conta me baixinho ao ouvido anos de sofrimento e alegria, conta me os motivos, conta me mil e uma razoes que eu acredito.
Mas vive. Mas fica comigo.
Posso ouvi-las durante mais mil anos, que embora te diga para esqueceres esse passado, ou ouço as com alegria.
Deixa me apagar um passado cruel, deixa me apagar essas marcas que a vida te cravou na pele. Deixa me dar te luz, deixa me dar te um motivo para continuares. Nem que seja só um.
Põe um pé a frente do outro, e anda, anda devagarinho, vem ter comigo. Estarei aqui á tua espera. Hoje e sempre.



(Podem vir mil e um amores, podem vir mil e um amigos, pode vir quem vir, posso escolher quem quiser, mas tu, só tu, és única, não existe quem te substitua. – MÃE – Espero por ti ao amanhecer, nessa calma que é só tua, espero por ti ao anoitecer…)

domingo, 4 de outubro de 2009

Lavei a alma em água gelada,
deixei a secar na corda bamba da vida até acordar.
Amanheceu de noite, já a lua raiava.
A noite subia sob a forma de dia, a escuridão encandeava.
Não havia nem norte nem sul, este ou oeste.
Quebrou se a bussula.
Perdi me na langitude e na latitude, a mil pés do solo, a mil pés do sol.
Neguei verdades, aceitei mentiras.
Percorri desertos. Encontrei água na tua boca.
Jurei e não cumpri.
Errei em momentos certos.
Estive presente em momentos errados.
Construi, destrui, recontrui.
Fechei me na abertura do espaço.
Estive á hora certa no local errado, á hora errada no local certo.
Mas permaneci.
Já chorei. Já gritei.