quarta-feira, 7 de outubro de 2009

- Conversas Abertas I -

(A outra parte)


"Azucena"

" - Para quê? Tudo não é mais do que círculo, não concordas? Tu procuras, queres encontrar, mas no fundo não queres. Pensas sempre que não é aquele. Também te acontece, não é?

- Sim... Mas quando pensas que encontras te tempos depois chegas á conclusão que afinal mais uma vez te enganas te. Voltas a sofrer, a punir te por isto ou aquilo que fizes te e não devias ter feito ou que devias ter feito e não fizes te. Culpas te de teres falhado, quando se calhar, simplesmente não acertas te.

- É difícil acertar hoje em dia.

- A quem o dizes.

- Já te aconteceu, dares tudo por tudo, queres mais do que realmente queres, e ao fim de algum tempo, olhares para trás e perguntares se valeu a pena?

- Se já aconteceu? Ui... Quantas vezes minha querida. Tantas noites perdidas em lutas constantes em que tudo pesa. O passado e os seus ensinamentos, o presente e os seus sentimentos, o futuro e o seu desconhecimento. Afinal será que vale a pena procurar? Tenho muitas duvidas que algum dia vá encontrar, mas continuo á espera de encontrar. É burrice, só pode ser burrice.

- Ou esperança... De que contigo seja diferente...

- Duvido... Um dia ouvi alguém dizer, não há para sempre, tenho a minha rota, os meus ideais e sonhos, que quero e vou concretizar, e, não interessa quem esteja comigo quando tiver 50 anos, só sei que independentemente da mulher que estiver comigo, irei estar no Brasil reformado.

- Pois é minha querida, quem importa somos nós e mesmo nós, as caras mudam, os nomes mudam, as datas mudam. Os sonhos prevalecem até se realizarem até darem espaço para outros aparecerem, tudo o resto e rotativo, é mutável, aquilo que realmente queremos, e pelo qual lutamos todos os dias, isso fica sempre. Não procures mais, espera simplesmente que te encontrem."

Sem comentários:

Enviar um comentário