domingo, 4 de outubro de 2009

Lavei a alma em água gelada,
deixei a secar na corda bamba da vida até acordar.
Amanheceu de noite, já a lua raiava.
A noite subia sob a forma de dia, a escuridão encandeava.
Não havia nem norte nem sul, este ou oeste.
Quebrou se a bussula.
Perdi me na langitude e na latitude, a mil pés do solo, a mil pés do sol.
Neguei verdades, aceitei mentiras.
Percorri desertos. Encontrei água na tua boca.
Jurei e não cumpri.
Errei em momentos certos.
Estive presente em momentos errados.
Construi, destrui, recontrui.
Fechei me na abertura do espaço.
Estive á hora certa no local errado, á hora errada no local certo.
Mas permaneci.
Já chorei. Já gritei.

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