sábado, 19 de setembro de 2009

Foste descobrindo, sem descobrires. Aprendendo sem aprenderes. Foste querendo sem quer. Foste, és. A tua maior descoberta.
Já não és, já não serás a menina aquela menina a quem tiraram a inocência.
Agora chega.

- Para de poisar os meus calos, rasgar a minhas feridas!

- Já não há menina. Já não há inocência.

Cala se a voz de mil vezes gritos, que mil vezes berrou. Escondam se os gestos.
Tu já não és. Tu já não serás aquela eterna inocência que corre em busca de calma maior.
Aprendes a viver dia a dia. Em cada trilho, em cada partida, sentes não pensas.
Sonhas. Como se o teu sonho morasse a quilómetros hora.
Magia, fantasia, química vital que te afaga nos dias de trovoara. Sinos que tocam na igreja, som escondido, abafado.
Tantas noites, tanta escuridão, tanta perdição. Tanta salvação.
Abre os olhos agora, e vê.
Abre os olhos agora antes que a cegueira os tomem em seus braços.

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